For the English translation, click here.
Séculos de progressos
Mas também de retrocessos;
Séculos pintados com sangue,
Sem que ninguém se zangue.
Décadas subiram e ganharam o troféu,
E o homo sapiens revelou-se como réu,
pisando aquilo que lhe dá vida
E há muito tempo esquecida
O que temos feito?
A ambição sugou a seiva do existir,
Alimentou o seu defeito,
Vendeu pérolas sem resistir.
Gritos ecoam das profundezas,
Mas os ouvidos fingem nada ouvir,
E o lamentar das belezas
Avisa que, sem mudanças, tudo irá ruir.